A garota bem-sucedida olha pela janela embaçada do grande prédio de finanças. Lá fora a chuva cai de mansinho, fazendo-a se lembrar vagamente de como gostava dos dias chuvosos e brancos como aquele. Um pequeno –muito pequeno– arrepio de saudade lhe passa pelos pelinhos do braço e ela pensa com tristeza nas mais diversas coisas a que se tornou indiferente ao longo
da busca. Vê as sombrinhas coloridas se embaralhando no passeio há 15 andares dela... Tão pequenas! “O mundo é mesmo pequeno”, pensa com desprezo e volta ao seu grande mundo feito de pilhas de papéis.
Hoje estava conversando com o Marcos sobre sucesso e realização pessoal. Comentei com tristeza que talvez eu não saiba correr atrás do sucesso como esse mundo de hoje exige. Coisas que dêem só dinheiro não fazem muito sentido pra mim, entendem? Parece muito cool pensar assim, mas verdadeiramente me sinto é muito ferrada. Abraços a todos!