Fazer Parte de Todas as Coisas

26 setembro, 2016
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tenho sede, muita sede
sede de viver,
minha pele pede sempre mais do sol
quero fazer parte de todo o azul
anseio tanto pelos cheiros das coisas que vem da terra
pelo vento fresco que é o afago de deus
a paz é substancial
como se o sol morasse dentro de mim
me sinto tão presa dentro de mim mesma
essa imperfeição humana
que me obriga a querer
queria eu viver de sol e azul
queria eu me dissolver na brisa
às vezes eu só desejo um caminho infinito para correr, correr, correr
até recuperar o sentido
descobrir a verdade das minhas células
ser intensa
observar o lugar da minha alma no infinito
fazer parte de tudo e tudo de mim
desembolar o novelo que leva a verdadeira inocência
queria entender o verde
desvendar o azul

Escrito em junho de 2013

Vida em milésimos de segundo

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Uma das músicas que mais gosto de gritar o refrão é aquela do Nando Reis: "Não vou me adaptar (porra!)!". Porque é como se fosse um grito de rebeldia, eu não quero me adaptar, não aceito, não vou!

Não estar em sintonia com o mundo que te rodeia é algo que torna a vida muito cansativa e, no meu caso, pode muito bem significar risco de morte. Porque eu sinto que estou sempre um segundo atrás... E daí pode surgir um carro ou um ciclista. Ah sim, isso tem outros nomes: falta de atenção, sonseira, e várias outros. Mas, eu não consigo me acostumar com isso de prestar atenção em tudo, principalmente em coisas que não me interessam: carros passando, sapato da fulana. Sou o tipo de pessoa seletiva e focada, capaz de excluir o mundo todo em troca de um pensamento vão. Por isso eu cometo muitos erros quando preciso fazer várias coisas ao mesmo tempo, pois é como se tivesse que ficar o tempo todo voltando a tona pra respirar.

Escrito em junho de 2013

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Tem dias... Não sei bem por influência de quê... Que o mundo parece grande demais e eu me sinto culpada por não conseguir abraçá-lo. A rotina, o dia-a-dia, parecem não ter o menor sentido. Acordar, almoçar, trabalhar, dormir... Pra quê, até quando? Meu coração parece a ponto de explodir de tanta angústia. Segundo o muito pouco que sei sobre budismo, o objetivo do aprendizado que adquirimos na terra é chegar um dia a fazer parte do todo. Isso faz tanto sentido, porque nesses dias é quando eu me sinto conectada a nada.

Escrito em 2013