INsociável

07 junho, 2009
Eu já devo ter dito isso aqui e com certeza vou repetir mais n vezes... Mas é verdade: eu odeio falar de coisas mórbidas e tristes aqui. Eu gostaria de esbanjar felicidade, opinar sobre algo polêmico, escrever coisas engraçadas e interessantes. Sério!

Uma vez eu li uma fábula sobre bolos de esterco, vasos de flores e presentes. A moral era: "A gente pode dar o que tem".

Hoje meu coração está oco. No trajeto de ônibus do aniversário em que eu estava até em casa, eu estive pensando no incômodo que será levantar mais um dia amanhã. Acho que eu queria que o tempo parasse pra sempre enquanto eu estivesse dormindo. No fundo é assim que eu me sinto: congelada. É engraçado, como se eu não fizesse parte de tudo. Como se eu fosse um tipo de atriz coadjuvante que não faz a menor falta pro andamento perfeito da peça. Você não faz ideia de como é ruim se sentir assim! Eu já deveria ter me acostumado, porque é um sentimento bem persistente, já me acompanha faz tempo. Mas não. Dói mais a cada dia.

Na faculdade, as coisas não tem sido diferentes, eu fico sempre à parte, porém prestando atenção a tudo e morrendo de inveja: eles têm uns aos outros, mesmo que superficialmente. Eu nunca tenho ninguém, sou sempre diferente como uma peça de quebra-cabeça que não se encaixa em nenhuma parte da figura. Não sei se as pessoas se dão conta disso, mesmo assim eu tenho muita vergonha, vivo sempre como se estivesse num beco-sem-saída, sempre me escondendo, tentando provar que sou normal, que não há nada de errado. Eu queria mesmo que não houvesse.