'E a minha reputação, onde fica?'

14 junho, 2009

R E P U T A Ç Ã O. Chega a ser descabida a importância dada a essa palavrinha. A cada minuto alguém perde um fio de felicidade para não feri-la. Oportunidades, desejos, CRIATIVIDADE. Quanta coisa desperdiçada! É como trocar ouro por lixo, sinceridade por hipocrisia. Sei lá, se estou sendo dramática, mas acho que a liberdade é tão mais... livre! Imaginemos um mundo onde as pessoas se deixassem ser como são e não ligassem para os possíveis olhares de reprovação. Perfeito? Não, colorido. "O diferente é lindo".

Bom, devo lembrar que existem certos seres que vivem para, pela e da aparência. Talvez para essas pessoas valha a pena abrir mão da liberdade... Vazio por vazio, fica-se com ele mesmo! Mas apesar desse tipo ser mais comum do que imaginamos, prefiro exclui-lo da minha dissertação.

Quero falar da reputação como a vejo: Uma corrente. Daquelas de desenho animado com uma bola no final. Uma boa metáfora, não? Carregar máscaras me parece um fardo bem pesado. E o tal do "o que vão pensar de mim" então? Nada mais cruel! Quem nunca viveu esse dilema? Até a Xuxa ou sei lá... Bin Laden! Na verdade pensamos nisso o tempo todo. Até eu escrevendo esse texto estou pensando nisso: "Eu escrevo bem?". É como um vício. Ninguém sai ileso. Seria hipocrisia minha dizer o contrário. Só que... não sei, me parece meio irônico: No fundo ninguém está nem aí pra ninguém mesmo! Nós mesmos não nos importamos com os outros tanto quanto nos importamos com o que os outros pensam de nós. Porque então ficamos tão presos à nossa imagem perante a sociedade? Freud explica?

Nem eu. Só sei que (acho) é bem melhor ouvir o coração e ser fiel a nós mesmos. Afinal, ninguém merece mais consideração nesse mundo. No fundo nós somos os nossos melhores críticos, pois somente nós sabemos o que sentimos, por quais experiências passamos e porque, afinal, tomamos certas atitudes. Literalmente sentimos na pele o peso das nossas escolhas e consequências. Somos os únicos capazes de ser justos com nós mesmos. "O que eu penso de mim?", afinal, é bem mais coerente do que parece.