"Desculpe, eu sou ruim com as palavras..."
Verdadeiramente, nunca disse essa frase, mas nem consigo contar quantas vezes ela surgiu na minha mente, traduzida por olhar patético, implorante que a pessoa tenha entendido o que eu tentei dizer.
Acontece que não nasci com supremo dom da comunicação, vim ao mundo pra criar, executar, construir... E que outro venda tudo isso!
O engraçado é que no tenho o menor problema em me comunicar normalmente, pedir um pão-de-queijo na padaria ou conversar sobre a coleção de primavera com o vendedor da loja de calçados; essas coisas faço com simpatia e até conquisto muitas amizades. Meu dilema começa quando preciso calcular palavras, limitar a espontaneidade, tomar cuidado pra não falar demais nem de menos.
Nem gosto de lembrar da minha curta carreira de atriz, feliz da vida e serelepe entre as coxias e o palco nos ensaios, mas duramente reprovada num teste para um filme por esquecer totalmente como se falava. Quanto a isso, posso pelo menos dizer que tentei contornar o problema... No teatro, fazia exercícios incansáveis para o 'bem falar' e me saía muito bem neles, era divertido! O que me faz pensar que meu 'probleminha' não está propriamente na fala, o que ocorre é que não sei dissimular, omitir. Quando tento, as frases tomam vida própria e parece que seu passatempo preferido é me deixar em saias justas.
Frequentemente, quando me meto a 'promotora', embolo palavras, dou voltas e mais voltas, sem, no entanto, chegar ao ponto principal. E, os esperados "o que?", devido à minha fala macarrônica são sempre um agravante à ansiedade e frustração frente a essa tão aparente limitação.
Quando mais nova, me culpava muito por ser assim, tentava mudar, ser menos 'transparente'. Hoje, ainda tento, mas já chego a pensar se o defeito é mesmo meu ou se as pessoas é que se acostumam rápido demais a ser desonestas umas com as outras. Se é estranho ouvir a verdade e ser espontâneo, acho que alguma coisa bem maior está fora de lugar... E arrisco a dizer que não é a minha língua!
Verdadeiramente, nunca disse essa frase, mas nem consigo contar quantas vezes ela surgiu na minha mente, traduzida por olhar patético, implorante que a pessoa tenha entendido o que eu tentei dizer.
Acontece que não nasci com supremo dom da comunicação, vim ao mundo pra criar, executar, construir... E que outro venda tudo isso!
O engraçado é que no tenho o menor problema em me comunicar normalmente, pedir um pão-de-queijo na padaria ou conversar sobre a coleção de primavera com o vendedor da loja de calçados; essas coisas faço com simpatia e até conquisto muitas amizades. Meu dilema começa quando preciso calcular palavras, limitar a espontaneidade, tomar cuidado pra não falar demais nem de menos.
Nem gosto de lembrar da minha curta carreira de atriz, feliz da vida e serelepe entre as coxias e o palco nos ensaios, mas duramente reprovada num teste para um filme por esquecer totalmente como se falava. Quanto a isso, posso pelo menos dizer que tentei contornar o problema... No teatro, fazia exercícios incansáveis para o 'bem falar' e me saía muito bem neles, era divertido! O que me faz pensar que meu 'probleminha' não está propriamente na fala, o que ocorre é que não sei dissimular, omitir. Quando tento, as frases tomam vida própria e parece que seu passatempo preferido é me deixar em saias justas.
Frequentemente, quando me meto a 'promotora', embolo palavras, dou voltas e mais voltas, sem, no entanto, chegar ao ponto principal. E, os esperados "o que?", devido à minha fala macarrônica são sempre um agravante à ansiedade e frustração frente a essa tão aparente limitação.
Quando mais nova, me culpava muito por ser assim, tentava mudar, ser menos 'transparente'. Hoje, ainda tento, mas já chego a pensar se o defeito é mesmo meu ou se as pessoas é que se acostumam rápido demais a ser desonestas umas com as outras. Se é estranho ouvir a verdade e ser espontâneo, acho que alguma coisa bem maior está fora de lugar... E arrisco a dizer que não é a minha língua!