Frágil

29 setembro, 2010

A menina tocou com a ponta do dedo a maria-dormideira, que se enroscou todinha em si mais uma vez. Gostava daquela plantinha estranha que se mexia, desde criança se acostumara a reconhecer e a brincar de observar seu movimento. Mas, naquele momento, há anos de distância da meninice colorida, ela percebia-se tristemente semelhante àquela débil criatura... tão frágil também e tão habituada a retrair-se à vista do que considerava perigo!

Viu algumas outras que tocara segundos antes já se abrindo novamente, valentes e tratou de fazê-las fecharem denovo. Pensou meio humilhada consigo mesma: "Até plantas são mais corajosas que eu...".

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