Wrong!

20 janeiro, 2010



Errar é humano, dizem. Verdade e fato, pois as coisas ruins e imperfeitas são prioridades humanas mesmo. Erros podem significar de joelhos ralados uma demissão fulminante, não há que preveja, não há quem escape e, principalmente, não há quem goste. O sabor é amargo e as sensações podem variar de doloridas a humilhantes.

Mas, é necessário, já ouvi dizerem. Necessário como aquela injeção dolorida, que inflama e depois deixa a marquinha... "Marquinha" pode ser eufemismo de um trauma sem precedentes quando se trata de erros humanos. Algumas pessoas vêem sua auto-estima reduzida à insegurança ou jamais conseguem esquecer 'aquela cena'. Alguém me disse certa vez que gostaria de fazer lavagem cerebral pra esquecer certas coisas... Lembrança tem um nome bonito, mas tem o poder de trazer de volta sentimentos não muito agradáveis às vezes. Acho mesmo, que se existisse um 'apagador de memórias', seria um sucesso de vendas!

Mas, pensando bem, me lembro de quando eu era criança e botei o dedinho dentro da grade do ventilador. Me custou uma unha quebrada, mas, desde então, eu fico longe de lâminas giratórias... Foi um aprendizado, dolorido, mas positivo. Por isso, os erros fazem parte da sobrevivência e são necessários. Tudo o que o nosso instinto falido de ser humano imperfeito não consegue 'captar', tem que ser, infelizmente, aprendido na marra. Quem nunca disse "Nunca mais faço isso", frente a uma experiência desagradável? É errando que se aprende e se evolui. Pensar nisso ajuda a superar as pedras do caminho que ferem os pés. Ser mais forte é a recompensa de tudo isso.